Bombardeio na igreja nas Filipinas: 2 explosões atingem a catedral de Jolo

(Imagem: Jes Aznar/Getty Images)

No domingo de 27 de janeiro, muçulmanos extremistas destruíram uma catedral católica em um atentado com bomba durante a missa nas Filipinas. Pelo menos 20 pessoas morreram e 111 ficaram feridas.

Às 8h45min da manhã, dois explosivos foram detonados com diferença de um minuto entre eles, perto da Catedral de Nossa Senhora do Monte Carmelo, em Jolo. De acordo com a Associated Press:

"Segundo testemunhas, a primeira explosão mandou pelos ares bancos de madeira e painéis de vidro no interior do salão principal, a segunda bomba arremessou restos humanos e destroços ao redor da praça central da cidade em frente à Catedral de Nossa Senhora do Carmo."

Fotos publicadas nas redes sociais mostraram corpos e restos humanos espalhados na rua em frente à catedral. O sacerdote oficiante, Pe Ricky Bacolcol, ouvido por último, "ainda estava em estado de choque e não conseguia falar sobre o ocorrido," salientou outro padre.
(exército filipino/AFP)

Após a detonação da primeira bomba, tropas do exército e policiais que estavam posicionadas do lado de fora da catedral correram para o seu interior, neste momento a segunda bomba explodiu. Dos mortos 15 eram civis e 5 militares, dos feridos 90 eram civis.

A catedral, localizada em uma região de maioria muçulmana, fortemente protegida, já havia sido atacada anteriormente. Em 1997 o bispo católico Benjamin de Jesus foi baleado em frente à catedral, em 2010 granadas foram arremessadas contra ela duas vezes, danificando-a.

O Estado Islâmico reivindicou o último atentado em um comunicado, ressaltando que o massacre foi perpetrado por "dois cavaleiros do martírio" contra um "templo dos cruzados". Inúmeros grupos terroristas islâmicos, entre eles Abu Sayyaf, que operam no sul das Filipinas, juraram lealdade ao Estado Islâmico.

Embora as Filipinas seja majoritariamente cristã (principalmente católica), 24% da população do sul das Filipinas, também conhecida como Mindanao, é muçulmana. Durante décadas, grupos separatistas islâmicos vêm travando uma guerra de terrorismo, repleta de atentados com bomba, incêndios e decapitações (entre eles dois canadenses), que deixou um número estimado em 150 mil mortos.

Em outras palavras, o novo terrorismo nas Filipinas não é meramente inspirado por reivindicações políticas ou territoriais, reais ou imaginárias e sim imbuído de ódio intrínseco pelo "outro", pelo "infiel".


Informações de gatestoneinstitute.org

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