“Visita de Netanyahu marca o início de nova fase nas relações entre Brasil e Israel”



Após anos de tensões diplomáticas, Israel e Brasil parecem dispostos a colocar o seu relacionamento em um novo patamar com a visita de Benjamin Netanyahu ao País – a primeira de um primeiro-ministro israelense em exercício. A visita de cinco dias de Netanyahu, que terá início em 27 de dezembro, marcará o fim de quase 15 anos de relações frias entre Jerusalém e Brasília, que atingiu um ponto mais baixo em 2014, quando um diplomata israelense chamou o Brasil de “anão diplomático”. A crítica foi em resposta à posição manifestada pelo Brasil com relação ao conflito em Gaza, em que o País protestou contra a ‘desproporcionalidade’ das ações israelenses nessa região.

“O Brasil não é apenas outro país. É um país com quase um quarto de bilhão de pessoas, uma superpotência. E eles estão mudando radicalmente suas relações com Israel, inclusive sobre a questão de Jerusalém”, disse Netanyahu aos membros de seu partido Likud no Knesset nesta segunda-feira (17).

“Esta visita é única, histórica e representa uma guinada nas relações entre Israel e o Brasil. É um ótimo começo para o ano de 2019”, disse o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, ao JTA por telefone, de Jerusalém, no domingo, onde participou de um encontro de embaixadores da América Latina, Ásia e África.

“Os brasileiros elegeram um novo presidente em eleições livres e justas. O processo (eleitoral) dividiu e polarizou a sociedade brasileira, incluindo nossa comunidade judaica muito diversificada”, disse recentemente Fernando Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), ao JTA. “Agora é hora de se unirem, com base em nossos valores judaicos e democráticos de justiça e tolerância”, completou.

“Os governos brasileiros anteriores não eram tão próximos a Israel, especialmente com relação ao conflito israelo-palestino”, destacou o embaixador Yossi Shelley. “A vinda de Bibi para o Brasil estabelece um novo estágio e o início de uma nova fase nas relações entre Israel e o Brasil”. (Marcus M. Gilban, JTA).

Com informações: conib.org.br

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