Mesmo com o Estatuto do Desarmamento em vigor, entre 2014 e 2017, foram registrados 2.351 casos de posse ou encontro de armas e/ou objetos perigosos nas mais de 5.000 escolas do sistema de ensino do estado de São Paulo, de acordo com a Secretaria Estadual de Educação.
É como se, a cada 15 horas, uma arma tivesse sido encontrada dentro de uma escola estadual paulista. Os dados foram obtidos com exclusividade pelo R7 por meio da Lei de Acesso à Informação.
Os dados são do ROE (Registro de Ocorrências Escolares), sistema utilizado pelo Governo do Estado de São Paulo para registrar ocorrências e fatos de segurança nas escolas da rede. O sistema também registra ocorrências de bullying, agressões, depredação do patrimônio público e até mesmo abuso sexual.
Os dados apontam que, no ano de 2017, foram registradas 693 armas casos de armas — um aumento de 37% em relação as 505 armas registradas em 2016. Em 2015, foram 555 casos e, em 2014, 598 (veja o gráfico abaixo). O R7 também solicitou os dados do ano de 2018 para a Secretaria de Educação de São Paulo, mas, até a publicação desta reportagem, não houve resposta.
O secretário de Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares da Silva, afirmou, em entrevista coletiva após o ataque em Suzano, que a escola possuía câmeras de vigilância, mas que elas não seriam suficientes para coibir o massacre.
Segundo o secretário, o governo vai discutir uma nova política de segurança para as escolas estaduais de São Paulo, na tentativa de coibir que casos similares se repitam.
No fim da noite desta quarta-feira (13), a Secretaria da Educação informou, por meio de nota, que os procedimentos de segurança em todas as 5,3 mil escolas serão revisados e está em estudo um projeto para reforço à segurança nas escolas mais vulneráveis.
Fonte: R7
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